Ficha de Casa Religiosa
    
Designação
Convento de Corpus Christi | Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena

Código
LxConv096

Outras designações
Convento dos Religiosos de Santa Teresa; Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena; Recolhimento da Encarnação e Carmo; Recolhimento do Passadiço

Morada actual
Rua do Passadiço, 18-24

Sumário
Após a destruição do seu Convento do Corpus Christi, e depois de uma breve passagem por uma provisória instalação no Campo do Curral, em 1756 os religiosos carmelitas descalços começam a construir um novo convento com igreja na Rua do Passadiço, para o qual se mudam em Abril do ano seguinte, por altura da Quaresma, e aí se mantêm até à reconstrução da sua antiga casa religiosa. Em 1772 vendem o edifício do Passadiço, no qual se instalam as recolhidas das Chagas, provisoriamente alojadas em diversos pontos da cidade desde 1755. Exactamente um século depois, e após o seu edifício ter sido posto à disposição do Hospital Real de São José, as recolhidas da Encarnação e Carmo (a Rilhafoles) mudam-se para o edifício do Passadiço, motivando a saída das suas até então habitantes, que no entanto regressam quinze anos depois. Apesar de partilharem um espaço comum, ambos os recolhimentos mantiveram a sua independência. Em 1906 deu entrada na Câmara Municipal de Lisboa um requerimento do proprietário do edifício acompanhado de um projecto para nele proceder à reparação e alteração interior e exterior, sendo desde então utilizado como edifício de habitação.

Caracterização geral
Ordem religiosa
Ordem dos Carmelitas Descalços, Até 1772.

Género
Masculino
Feminino

Data de fundação
1756 | 1757

Tipologia arquitetónica
Arquitetura religiosa\Monástico-conventual
Arquitetura civil de habitação

Componentes da Casa Religiosa - 1834
Recolhimento
Igreja
Pátio / Quintal

Tipologia de uso
Inicial - Religioso
Atual - Civil

Caracterização actual
Situação
Recolhimento - Existente
Igreja - Vestígios
Cerca / Quintal - Existente

Ocupação
Ocupado(a)

Descrição
Enquadramento histórico
Em 1758, João Baptista de Castro alude à existência, na freguesia de São José, do convento do Corpus Christi, de Religiosos Carmelitas Descalços, erecto no anno de 1756 no principio da travessa fronteira ao palacio de D. Diniz de Almeida (CASTRO, III, 1758, p. 286), que se localizaria na confrontação das actuais ruas do Telhal, Rua de Santo António dos Capuchos e Calçada do Moinho de Vento. A 9 de Abril do mesmo ano, nas memórias paroquiais, o pároco da freguesia de São José (Vigário Thomas Roiz de Aguiar) refere-se à casa religiosa carmelita como um hospício [...] proximamente se erigio dos padres Carmelitas Descalços do instituto de Santa Thereza (Lisboa em 1758, p. 130). A fundação deste cenóbio deveu-se à necessidade de acolher os religiosos carmelitas descalços do convento com o mesmo nome, destruído na baixa lisboeta em consequência do Terramoto de 1755. Inicialmente instalados no Campo do Curral, onde armarao huma decente barraca, c[om] hua Ermidinha [aí] estiverao até a Quaresma do anno de 1757 (CASTRO, III, 1758, p. 388), altura em que se mudaram para o edifício do Passadiço, descrito por Castro como hum novo Convento, e Igreja, que erigirao à fundamentis (Idem, p. 388).

A última referência que parece existir ao convento enquanto tal é a feita no início da década de 1770 no mapa da freguesia de São José, da autoria do Sargento-mor José Monteiro de Carvalho no contexto da reformulação das paróquias de Lisboa. Neste documento encontra-se marcado um pequeno espaço com a legenda de Conv.to dos Religiosos de S.Thereza. Com o regresso dos religiosos carmelitas ao convento original, entretanto já reconstruído, o edifício fica desocupado.

Em 1772 o edifício é comprado para nele se instalar o Recolhimento da Casa Pia das Convertidas ou Casa da Piedade das Penitentes, que havia sido fundado numa casa na Rua do Loreto em 1587, [por] pessoas devotas, auxiliadas pela Companhia de Jesus, [que] institui[r]am em Lisboa, com auctorização de D. Filippe, um Recolhimento para receber e reformar os costumes, proporcionando honesto modo de vida a mulheres erradas, que arrependidas de seus peccados se quizessem converter a Deus (RIBEIRO, 1903, pp. 518-519). Após a total destruição do seu edifício pelo Terramoto de 1755, ocuparam diversas casas, à Boa Morte, ao Rego e à Calçada de Santo André (CRUZ, 1841, pp. 215-217) até se estabelecerem de forma duradoura na Rua do Passadiço.

Apesar das suas pequenas dimensões, a escolha deste edifício poderá ter-se ficado a dever ao facto de ter aposentos suficientes e coadunáveis ao fim a que se destinava, bem como uma capela ou igreja onde poderiam decorrer as celebrações religiosas.

Durante as sete décadas seguintes não são conhecidas descrições relevantes do funcionamento do recolhimento, aparte uma notícia na Gazeta de Lisboa de 23 de Julho de 1805, dando conta de que quem quizer comprar o edificio, que serve de Recolhimento, sito na rua do Passadiço, freguezia de S. José, falle[sse] a sua dona, que assist[ia] na mesma propriedade. Ainda que não explicite a localização exacta ou o nome do recolhimento em causa, admite-se que se trate do mesmo visto não haver qualquer notícia da existência de outro recolhimento na história da Rua do Passadiço. No entanto, desconhece-se o motivo da tentativa da venda ou sequer a sua consubstanciação, uma vez que não há notícia de que o recolhimento tenha mudado de mãos.

Em 1841 Francisco Ignácio dos Santos Cruz refere que em os antigos tempos, muitas prostitutas se admittião nesta casa, hojé porém nenhnella se admitte (CRUZ, 1841, p. 215), em conformidade com muitos outros recolhimentos da cidade que, procurando adaptar-se às realidades do seu tempo, aceitavam pessoas com outro fim que não o primitivo. Refere igualmente que só alli existem hquatro ou cinco [mulheres], e já de avançada idade. [...] [que] estão hoje mui necessitadas, e parece que simplesmente vivem de esmolas, e a não ser a philantropia do Padre Biancard, que sollicita esmolas dos seos conhecimentos, e bem assim algpessoas caritativas, que as favorecem, ellas morrerião de fome, e para suas pequenas commodidades muito concorre tambem hum Procurador, que ellas tem, que não deixa de lhe promover alguns socorros, e dellas nada recebem em quanto a ordenados, nem tão pouco o Capellão, e nem o Medico, que as trata por caridade (Idem, pp. 215 e 217). Esta informação é integralmente corroborada por um coevo artigo da Revista Universal Lisbonense relativo à morte do Padre Miguel André de Biancardi, ocorrida aos 71 anos de idade, aos quartorze de Dezembro de mil e oitocentos e quarenta e dois annos [...] na Rua do Passadiço no Recolhimento de Santa Maria Madalena (ANTT, Paróquia de S~. José, livro 11, cx, 25, Livro de Registo de Óbitos S. José f. 747, ). No referido artigo é referido que, após a extinção das ordens religiosas, o religioso se vê na contingência de abandonar o convento de Rilhafoles, sendo recolhido no pobrissimo Recolhimento das convertidas de S. Maria Magdalena, na Rua do Passadiço a S. José [...] [, descrito como] um cubículo apertado, èrmo de todos os conchegos para a doença, e para a saúde. Cama rija e desamorosa, e poucos livros [...] um desamparado ninho, onde penavam á mingua quatro velhas, muito velhas e muito sanctas [...] [nele existindo] uma arruinada e deserta ermida (Revista Universal Lisbonense, Anno de 1842-1843, II, p.184).

A 10 de Novembro de 1855, uma portaria do governo colocou o edifício do Recolhimento da Encarnação e Carmo (a Rilhafoles) à disposição do Hospital Real de São José, a fim de para ali se transferirem alguns doentes das suas enfermarias. Nesse contexto, foram dadas instruções para a passagem das recolhidas de Rilhafoles para o edifício do Passadiço, transitando as ocupantes deste último para o Recolhimento do Rego (ANTT, Hospital de São José, cx. 275, mç. 3, nº 102, ). Segundo Victor Ribeiro, as poucas recolhidas do Passadiço foram-se instalando, dispersamente, pelos recolhimentos da cidade (RIBEIRO, 1903, p. 519). Em 1870, voltaram novamente à casa do Passadiço onde ficaram com as recolhidas da Encarnação e Carmo, sendo os dois institutos definitivamente anexados e subordinados à Administração dos Recolhimentos da capital (Idem, pp. 518-519). Apesar da partilha de um espaço comum, ambas as instituições mantiveram a sua independência.

A última informação sobre o recolhimento parece advir de uma pequena nota na Chronica Religiosa do Diário Illustrado de 20 de Março de 1902, dando conta da existência no Recolhimento do Passadiço, ás 6 horas, [da] devoção da Hora ao Santissimo (Diário Illustrado, 20 de Março de 1902).

Em 1906 deu entrada na Câmara Municipal de Lisboa um requerimento do proprietário do edifício (Ricardo dos Santos) acompanhado de um projecto para nele proceder à reparação e alteração interior e exterior, sendo desde então utilizado como edifício de habitação (AML, Obra 25261, Proc. 4863/DAG/PG/1906).

Evolução urbana
Não obstante a existência da referência ao Passadiço em documentação do século XVII (nomeadamente em registos de óbito da freguesia de São José), não se terá constituído como um arruamento consolidado antes do início do século seguinte, surgindo já como Travessa do Passadiço na Corographia Portuguesa, em 1712 (COSTA, III, 1712, p. 432). Em 1755 já era designada como Rua do Passadiço (sendo, no entanto, possível que esta designação tenha aparecido anteriormente), sendo com este nome referida no Mappa de Portugal de João Baptista de Castro, em 1758 (CASTRO, III, 1763, p. 291). Trata-se de um arruamento do Bairro de São José, paralelo à antiga Rua Direita (actuais Rua de Santa Marta e Rua de São José), ligando, na parte alta do bairro (meia-encosta Ocidental da Colina de Santana), a cerca do antigo Convento de Santa Marta (actual Hospital de Santa Marta) à Rua de Santo António dos Capuchos (principal via de ligação da zona das antigas hortas do Valverde - actual Avenida da Liberdade - com o topo da Colina de Santana e mais concretamente com o Convento de Santo António dos Capuchos - actual Hospital dos Capuchos).

O hospício localizava-se no extremo sul da rua, num lote de terreno situado no último troço da rua (entre a Rua da Carrião e a Rua de Santo António dos Capuchos, numa das mais antigas zonas do Bairro de São José, cuja génese datará de, pelo menos, da primeira metade de seiscentos), no interior do grande quarteirão que é maioritariamente ocupado pelo edifício do antigo Convento de Santo António dos Capuchos (actual Hospital dos Capuchos), delimitado a sul pela Rua do Passadiço, a nascente pela Rua de Santo António dos Capuchos, a norte pela Alameda de Santo António dos Capuchos e a poente pela Travessa das Parreiras e Calçada de Santo António.

Não obstante marcar uma nova etapa da construção urbana da rua e do bairro, não é possível afirmar a existência de qualquer alteração no traçado da rua, uma vez que se insere num terreno no interior de um quarteirão formado por arruamentos pré-existentes.

Caracterização arquitectónica
Desconhecendo-se qual a configuração original do edifício setecentista construído em 1756 pelos padres carmelitas ou quais as alterações feitas no século e meio seguinte; conhece-se, porém, uma imagem da fachada do edifício nos primeiros anos de novecentos, mostrando uma construção de quatro pisos, o inferior com uma pequena porta ao centro, ladeada de duas pequenas frestas, e uma de maiores dimensões num dos extremos da fachada, enquadrada por cantaria de pedra trabalhada, com medalhão encimado por um nicho cravado na fachada do edifício. Cada um dos andares possuía três janelas ladeando uma janela de sacada com guardas de ferro.

Em 1906 deu entrada na Câmara Municipal de Lisboa um requerimento do proprietário do edifício acompanhado de um projecto para fazer reparos na parte encendiada da mesma propriedade, bem como algumas alterações tanto exteriores e interiores, incluindo a ampliação d'um andar (AML, Obra 25261, Proc. 4863/DAG/PG/1906 fólio1), aprovado com a condição de não ser modificada a disposição do telhado do lado da frente da casa, por que a altura da parte antiga do edificio já excede muito o limite legal em relação com a largura da rua e por tanto não pode ser elevada a fachada, nem mesmo com uma mansarda (Idem, fólio 3). Acompanhando o processo, existe um documento com um alçado, um corte e uma planta, que permite perceber, aparte da elevação em um piso, a existência da intenção de alterações mínimas tanto no interior do edifício como na fachada principal (nomeadamente a intenção do proprietário em modificar a frente da loja do seu predio [...] fazendo uma janella maior transformando uma janella em porta e abrir de novo uma porta e uma janella (Idem, fólio1).

Apesar do parecer camarário parcialmente negativo dado em 1906, todas as alterações exteriores solicitadas pelo proprietário foram concretizadas, marcando ainda hoje a definição da fachada principal do edifício.

Cronologia
1755-11-01 O terramoto provoca total ruína no edifício do Convento do Corpus Christi da Ordem dos Carmelitas Descalços (na Baixa), bem como no edifício da Casa da Piedade das Penitentes.
1756 Início da construção do Convento do Corpus Christi na Rua do Passadiço.
1756 | 1757 Fundação do Casa da Piedade das Penitentes, às Chagas, servindo de recolhimento para prostitutas, às quais era dada protecção e uma educação religiosa e doméstica com o objectivo final de embarcarem para o Ultramar e aí casarem.
1772 Compra do edifício do antigo Convento do Corpus Christi na Rua do Passadiço para nele serem instaladas as recolhidas das Chagas.
1855-11-10 Portaria do governo colocando o edifício do Recolhimento da Encarnação e Carmo (a Rilhafoles) à disposição do Hospital Real de São José, a fim de para ali se transferirem alguns doentes das suas enfermarias. Nesse contexto, foram dadas instruções para que as recolhidas de Rilhafoles passassem para o edifício do recolhimento do Passadiço, transitando as ocupantes deste último para o recolhimento do Rego .
1870 Regresso das recolhidas da Casa da Piedade das Penitentes ao edifício do Passadiço, onde ficaram com as recolhidas da Encarnação e Carmo.
1902 | 1906 Extinção dos dois recolhimentos da Rua do Passadiço.
1906 Deu entrada na Câmara Municipal de Lisboa um requerimento do proprietário do edifício acompanhado de um projecto para "fazer reparos na parte encendiada da mesma propriedade, bem como algumas alterações tanto exteriores e interiores, incluindo a ampliação d?um andar." Apesar do acrescento de um quinto piso tera sido indeferido, o mesmo acabaria por ser concretizado.

Fontes e Bibliografia
Cartografia

CARVALHO, José Monteiro de; - [Livro das plantas das freguesias de Lisboa]. Códices e documentos de proveniência desconhecida, nº 153, Planta da freguezia de S. Jozé, f. 25 (imagem 0064).

[Enquadramento urbano | Convento de Corpus Christi | Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena, 1834].

[Enquadramento urbano | Convento de Corpus Christi | Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena, 2015].

FAVA, Duarte José; - [Carta Topográfica da cidade de Lisboa preparada em 1807]. 3 plantas. 2305-2-16-22.

FOLQUE, Filipe; - [Carta Topográfica de Lisboa e seus arredores, 1856/1858]. 1:1000. 65 plantas; 92 X 62,5cm, Planta 19 (Setembro 1857).

[Levantamento altimétrico da cidade de Lisboa, 1871]. 65 plantas (?).

PINTO, Júlio António Vieira da Silva; - [Levantamento da planta de Lisboa, 1904/1911]. 1: 1000. 249 plantas; 80 X 50cm, Planta 10I (Junho 1910).

Manuscrito

Portaria do Governo pondo à disposição do Hospital o edifício do Recolhimento de Rilhafoles. [Manuscrito]Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Hospital de São José, Cx. 275, mç. 3, nº 102.

Monografia

Arquivo Municipal de Lisboa - Obra nº 25261: Rua do Passadiço, 18 a 24. . 2 volumes.

CASTRO, João Bautista de - Mappa de Portugal Antigo e Moderno. Lisboa: Oficina Patriarcal de Francisco Luis Ameno, tomo terceiro, parte V, 1763, p. 388.

COSTA, Padre António Carvalho da - Corografia Portugueza e Descripçam Topográfica do Famoso Reyno de Portugal [...]. Lisboa: Na Officina Real Deslandesiana, tomo terceyro, 1712, p. 286.

CRUZ, Francisco Ignacio dos Santos - Da Prostituição na Cidade de Lisboa: ou Considerações historicas, hygienicas, e administrativas em geral sobre as Prostitutas, e em especial na referida cidade: com a exposição da legislação portugueza a seo respeito, e proposta de medidas regulamentares, necessarias para a manutenção da Saude Publica, e da Moral. Lisboa: Typ. Lisbonense, 1841.

PORTUGAL, Fernando; MATOS, Alfredo de - Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa. Lisboa: Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa, 1974, p. 130.

Periódico

Diário Illustrado, nº 10431. [20 de Março de 1902].

Gazeta de Lisboa. nº 30, Lisboa [23 de julho de 1805].

Revista Universal Lisbonense, Tomo II: Jornal dos Interesses Physicos, Moraes e Litterarios [...]. Lisboa: Imprensa Nacional, [Anno de 1842-1843], pp. 184-185.

RIBEIRO, Victor - História da Beneficiencia Publica em Portugal, Capitulo VIII. Instituto - Revista Scientifica e Litteraria,. Coimbra: Imprensa da Universidade. Volume 50, 1903, pp. 516-524.

Material Fotográfico
Convento de Corpus Christi | Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena | Exterior | Fachada sul. DPC_20150904_063.
© CML | DMC | DPC | José Vicente 2015

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Convento de Corpus Christi | Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena | Exterior | Fachada sul | Portal. DPC_20150904_060.
© CML | DMC | DPC | José Vicente 2015

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Convento de Corpus Christi | Recolhimento da Natividade de Nossa Senhora e Santa Maria Madalena | Exterior | Fachada sul | Pormenor. FAN000335.
© CML | DMC | Arquivo Municipal de Lisboa.

Inventariantes
Tiago Borges Lourenço - 2015-04-13

Imagens: 3