Ordem religiosa

Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos

Género

Masculino

Data de fundação

1218

Data de construção

1218

Tipologia arquitetónica

Arquitetura religiosa\Monástico-conventual

Componentes da Casa Religiosa - 1834

Convento
Claustro
Pátio: 2
Igreja

Situação

Convento - Parcialmente demolido(a)
Igreja (pré Terramoto 1755) - Vestígios
Igreja (pós Terramoto 1755) - Vestígios

1218 Início da construção do edifício conventual e do hospital, junto à Ermida de Santa Catarina.
1218 Para comemorar a conquista de Alcácer do Sal D. Afonso II determina a fundação de convento da Ordem da Santíssima Trindade na cidade de Lisboa.
1289 Por volta de 1289 são realizadas obras de reedificação e ampliação do convento, que se prolongam pelo século XIV.
1357 O Convento recebe de permuta com Afonso Martins Alvernão e sua mulher, um olival no termo de Lisboa, em Vale de Donas (topónimo que englobava o campo a oeste da cidade até São Bento.).
1362 Francisco Domingues de Beja doa ao Convento da Trindade um olival nas imediações, com obrigação de celebração de missas.
1363 O convento recebe mais um parcela do olival que lhe fora doado no ano anterior.
1373 | 1375 Com a construção da Muralha Fernandina o convento passa a ficar integrado no perímetro urbano da cidade. O olival da Trindade é dividido pela muralha, ficando uma parte intramuros e a outra extramuros.
1400 Francisco Doimingues e sua mulher doam ao Convento da Trindade a Herdade de São Roque, com a obrigação da celebração de missas.
1429 O convento celebra com João Aires uma escritura de emprazamento em tres vidas de um olival situado junto á muralha da cidade, perto da Torre de Álvaro Pais.
1500-12-26 Por ordem de D. Manuel I o olival é arrancado e o terreno loteado e urbanizado.
1502 O Convento da Trindada dá inicio à urbanização do antigo olival. O terreno é loteado e os lotes são aforados a particulares, com a obrigação de aí edificarem casas. . Este novo bairro aparece referido na documentação como "Vila da Oliveira" ou "Vila Nova do Olival"..
1552 A comunidade é constituída por quinze religiosos.
1561 Início de uma nova campanha de obras de reedificação e ampliação do convento.
1563 Mécia Freire morre e deixa as suas casas ao Colégio de Santo Antão da Companhia de Jesus (LxConv087). E duas escrituras niotariais celebradas pelo Convento da Trindade são indicados como elementos de referência o "Postigo Novo de São Roque" e o "Postigo Vleho de São Roque".
1564-01-21 A Companhia de Jesus, através do reitor do Colégio de Santo-Antão, padre Gaspar Álvares, compra ao Convento da Trindade o direito de foro das casas doadas à ordem por Mécia Freire.
1566-03-16 O reitor do Colégio de Santo Antão, em nome da Companhia de Jesus, adquire ao Convento da Trindade vários lotes contíguos ao que fora doado por Mécia Freire.
1615-10-05 A Câmara de Lisboa concede aos religiosos do convento sessenta mil réis (60$000) «para acudir ás necessidades em que estavam».
1643-08-06 Alvará determinando que os irmãos da Irmandade de Todos os Santos voltem para a igreja do Convento da Santíssima Trindade.
1664-01-21 A Companhia de Jesus, na pessoa do reitor do Colégio de Santo Antão, o padre Gaspar Álvares, compra ao Convento da Trindade o direito de foro das casas doadas à ordem por Mécia Freire.
1755-11-01 O terramoto e o incêndio que se lhe seguiu causam danos profundos no edifício conventual, destroem completamente a igreja e provocam a morte de dezasseis religiosos. Dos sobreviventes, seis ou sete alojaram-se num palheiro velho junto ao pátio da porta do carro e os restantes forma para o Convento de Nossa Senhora do Livramento.
1832-01-20 Dão entrada na Comissão criada pela Ordem Geral do Exército nº 79, estabelecida na Casa da India, os donativos para a aquisição de capotes e outros objectos para os Corpos de voluntários Realistas e de milícias. Da lista de doadores faz parte o «Padre Mestre Provincial da Ordem da Santíssima Trindade», em nome seu do convento de Lisboa, com a quantia de 12$4400 réis.
1832-02-09 Dão entrada na Casa da India mais donativos para a aquisição de capotes e outros objectos para os Corpos de voluntários Realistas e de milícias. Da lista de doadores faz parte o «Reverendíssimo Padre Ministro do Convento da Santíssima Trindade», com a quantia de 2$600 réis.
1834-05-30 Decreto de extinção de todas as casas religiosas masculinas das ordens regulares e incorporação dos seus bens nos Próprios da Fazenda Nacional.
1834-08-19 Portaria do Tribunal do Tesouro Público sobre a venda e o arrendamento dos bens nacionais. Determina que o Perfeito da Província da Estremadura dê orientações para que se proceda à venda dos bens móveis e semi-móveis, excepto os objetos do culto divino, as peças de ouro e prata e as livrarias; e que arrende, por um ano, todos os prédios rústicos e urbanos da Fazenda Nacional.
1835-09-09 Leiloados seis lotes do convento por 11.549$000 réis.
1835-12-07 Venda do sétimo lote do convento por 1.260$000.
1837-11 A Câmara manda intimar João Ferreira Basto, Manoel Alves Martins, Joaquim Peres e Valentim José Lopes para darem início à construção nos lotes 2, 3, 4, 5 e 7 do extinto convento, notificando os inquilinos para despejo.

Rita Mégre - 2013-05-22
Última atualização - 2019-12-04