Ordem religiosa

Companhia de Jesus

Género

Masculino

Fundador

Fernão Teles de Meneses - Encomenda
D. Maria de Noronha - Encomenda

Data de fundação

1598-12-18

Data de construção

1603-04-23

Autoria

Padre João Delgado - Arquitecto, Atribuição
Baltazar Álvares - Arquitecto, Atribuição

Tipologia arquitetónica

Arquitetura religiosa\Colegial

Componentes da Casa Religiosa - 1834

Noviciado
Pátio
Igreja
Cerca de recreio e produção

Tipologia de uso

Inicial - Religioso
Intermédia - Civil\Equipamento\Educativo
Atual - Civil\Equipamento\Cultural

Situação

Noviciado - Parcialmente demolido(a)
Igreja - Demolido(a)
Cerca - Existente

Propriedade

Estado

Ocupação

Ocupado(a) - Museu Nacional de História Natural e da Ciência

Acesso

Público

Disposições legais

Monumento de Interesse Público; Portaria 287/2013; 14 de Maio
Monumento Nacional; Decreto 18/2010; 28 de Dezembro

1589-09-18 Escritura feita em Lagos entre a Companhia de Jesus e Fernão Teles de Meneses com a sua mulher D. Maria de Noronha, na qual estes se comprometem como fundadores a criar um Noviciado para os jesuítas, prometendo-lhes dar 20 000 cruzados.
1597-12-26 Escritura feita em Lisboa entre Fernão Teles, Maria de Noronha e a Companhia de Jesus, pela qual esta declara ter recebido a verba para a fundação do Noviciado.
1598-12-18 Dedicação do Noviciado a Nossa Senhora da Assunção, com missa solene celebrada pelo Padre Provincial, Cristóvão de Gouveia, estando presente o fundador. Decide-se que o local para a implantação do edifício seria a quinta do Monte Olivete, na Cotovia, doada por Fernão Teles de Meneses.
1603-04-23 Lançamento da primeira pedra do edifício do Noviciado, que terá sido delineado inicialmente pelo padre jesuíta João Delgado.
1605-03-20 Lançamento da primeira pedra da igreja do Noviciado, com a traça do arquiteto Baltazar Álvares.
1605-11-26 Morte de Fernão Teles de Meneses, fundador do noviciado.
1607 O arquiteto Baltazar Álvares fica encarregue da construção do noviciado.
1613-06 O flamengo Lourenço Lombardo, radicado em Lisboa, entra para a Companhia de Jesus e financia as obras do noviciado com 30.000 cruzados.
1616-11-01 Inauguração da igreja do noviciado com celebração da primeira missa.
1616-11-08 Os ossos do fundador do noviciado, Fernão Teles de Meneses, são transladados da sacristia da Igreja de São Roque.
1619-06-13 Entrada dos primeiros noviços.
1623-03-07 Morte de D. Maria de Noronha.
1634-11-02 Morte do irmão Lourenço Lombardo. É sepultado na sacristia, em campa rasa com epitáfio.
1694 Os padres passam a cultivar a cerca de cima, mais próxima do edifício, e arrendam a cerca de baixo.
1694-03-21 Um incêndio devasta grande parte do edifício do noviciado.
1695 D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV, manda edificar na cerca do Noviciado uma capela, cuja construção foi fiscalizada pelo arquiteto João Antunes.
1759-02-05 Inventário dos bens existentes no noviciado.
1761-03-07 Instituição do Colégio dos Nobres no local do Noviciado da Cotovia. Carlos Mardel é encarregado de proceder a obras de adaptação do edifício para as suas novas funções.
1766-03-19 Início do funcionamento do Colégio dos Nobres, com vinte e quatro alunos
1829-03-21 Anunciado que entre 6 e 8 de Abril, a Junta da Fazenda do Real Colégio dos Nobres irá pôr em arrendamento parte da cerca e horta do colégio. Esta última deverá ser arrematada por três anos.
1829-08-28 Anunciado na "Gazeta de Lisboa" que entre 3 e 5 de Setembro irá ser posta em arrematação parte da cerca e horta do Colégio dos Nobres, para ser arrendada pelo período de três anos.
1833-09-04 Na lista de poços da cidade de Lisboa mandados examinar pela Conta do Administrador da Real Fábrica das Sedas e Obras das Águas Livres constam duas cisternas no jardim do Colégio dos Nobres.
1837-01-04 Extinção do Colégio dos Nobres.
1837-01-11 Decreto de instituição da Escola Politécnica, nas instalações do do antigo Colégio dos Nobres. A Escola fica na dependência dos ministérios da Marinha e da Guerra. No edifício instala-se também a Escola do Exército.
1843 Projeto de regulamento para instalação de um jardim botânico na antiga cerca do Noviciado da Cotovia.
1843-04-22 Um incêndio destruiu parte do edifício.
1844-09-20 O Conservatório das Artes é extinto e integrado na Escola Politécnica de Lisboa.
1857 Aprovação governamental do projeto para a reconstrução do imóvel.
1873 O Jardim Botâncio recebe as suas primeiras plantações, por iniciativa dos professores Andrade Corvo e Conde de Ficalho.
1878 Publicação do primeiro catálogo de sementes do Jardim Botânico.
1879 Inauguração do edifício reconstruído da Escola Politécnica ,cujas obras foram dirigidas pelo general de Engenharia José Feliciano da Silva e Costa.
1886-06-04 Aprovado em sessão de câmara um projecto para ampliação do Jardim Botânico, com a expropriação e anexação à cerca da Escola Politécnica de uma propriedade na Rua do Salitre 95-97 com cerca de 13.000m2.
1911-03-22 Decreto de extinção da Escola Politécnica. Dias mais tarde é criada a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que se instala no edifício.
1978 Um incêndio destrói parcialmente o edifício, obrigando parte da Faculdade de Ciências a deslocar-se para outros espaços.
1985 O edifício passa a acolher o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural.
2010-12-28 Decreto de classificação do Jardim Botânico de Lisboa como Monumento Nacional.
2013-05-14 Portaria de classificação classificando o Núcleo principal da antiga Escola Politécnica como Monumento de Interesse Público.

José Manuel Garcia - 2014-07-04
Última atualização - 2019-03-06