(1/37) DesignaçãoMosteiro de Nossa Senhora da Estrela de Lisboa | Colégio de Nossa Senhora da EstrelaCódigoLxConv023Outras designaçõesConvento de Nossa Senhora da Estrela; Colégio de Nossa Senhora da Estrela; Convento da EstrelinhaMorada actualCalçada da Estrela, 146SumárioFundado em 1571 por ação de frei Plácido de Vilalobos, frei Afonso Zorrilha e frei Pedro de Chaves, com o apoio do Cardeal D. Henrique, o Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela foi ocupado por monges oriundos do Mosteiro de São Martinho de Tibães, casa-mãe da Ordem de S. Bento em Portugal. Nele ficavam alojados os religiosos beneditinos quando se deslocavam a Lisboa.
Com a fundação de outro mosteiro da Ordem em Lisboa, Mosteiro de São Bento, o Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela passa, a partir de 1615, a colégio e casa de estudo do Noviciado. Em 1797 parte do edifício é ocupada pelas tropas britânicas que a utilizam como hospital, ocupação que não o abandonará até aos nossos dias.
No inventário de extinção do convento, em 1834, o edifício aparece ocupado pela botica e hospital do exército, altura em que, com a saída definitiva dos monges beneditinos, passa a denominar-se Hospital Militar de Lisboa, e depois Hospital Militar Principal.
Em 2015 o Hospital Militar deixa estas instalações ficando o edifício sem ocupação.Caracterização geralOrdem religiosaOrdem de São BentoGéneroMasculinoData de fundação1571Data de extinção1833-10-26Tipologia arquitetónicaArquitetura religiosa\Monástico-conventualComponentes da Casa Religiosa - 1834Mosteiro Pátio: 2 Igreja Cerca de recreio e produçãoTipologia de usoInicial - Religioso\Mosteiro ou Convento Intermédia - Religioso\Colégio Intermédia - Civil\Equipamento\Saúde Atual - Sem usoCaracterização actualSituaçãoConvento - Existente Igreja - Existente Cerca - Parcialmente urbanizadaOcupaçãoConvento - Devoluto(a) Igreja - Devoluto(a)Cronologia1571 Fundação do Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela, o primeiro mosteiro da Ordem de São Bento na cidade de Lisboa. 1593-12-25 Celebração da primeira missa no mosteiro. 1628 O abade-geral, frei Leão de São Tomás, determina que o mosteiro seja transformado em Colégio e Casa de Estudo, com reitor que tivesse voto em capítulo. 1755-11-01 O colégio fica quase completamente destruído pelo terramoto. 1758 | 1789 Obras de reconstrução do edifício. 1783 Reabertura das aulas. 1797 O Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros determina que o edifício seja ocupado como hospital das tropas inglesas. 1802 Estabelecida a paz com França e Espanha em 6 de Junho de 1801, no início de 1802 os ingleses deixam o edifício. 1803 O príncipe Regente manda proceder a avaliações e medições do edifício, para se saber se tem condições para acolher o hospital militar, mas acaba por decidir que sejam restabelecidos os estudos no colégio. 1807 Instalam-se no edifício feridos franceses do exército de Junot. 1808 O edifício serve de hospital do Corpo Expedicionário Inglês. 1818 Como o colégio não ocupava todas as dependências do edifício, os administradores da Real Fazenda determinam que se transfira para lá da Secretaria dos Hospitais e Botica Geral do Exército. 1832-09-21 Na sequência do Aviso de 19 de Setembro, do Ministério dos Negócios da Guerra, sobre os donativos de lenços e roupas para os hospitais militares, é publicado na Gazeta de Lisboa que a Comissão constituída para o efeito fica estabelecida no «Convento dos Monges de S. Bento da Estrelinha». Os donativos devem ser entregues ao Físico-Mor e ao Cirurgião-Mor do Exército a partir de dia 20. 1833-10-26 Sentença de supressão do Colégio de Nossa Senhora da Estrela. 1834 O Colégio de Nossa Senhora da Estrela é adaptado a Hospital Militar, com a designação de "Hospital Militar de Lisboa", novo nome do "Hospital Real Militar da Corte", até então instalado no Convento de São João de Deus. 1834-05-30 Decreto de extinção de todas as casas religiosas masculinas das ordens regulares e incorporação dos seus bens nos Próprios da Fazenda Nacional.. 1834-08-19 Portaria do Tribunal do Tesouro Público sobre a venda e o arrendamento dos bens nacionais. Determina que o Perfeito da Província da Estremadura dê orientações para que se proceda à venda dos bens móveis e semi-móveis, excepto os objetos do culto divino, as peças de ouro e prata e as livrarias; e que arrende, por um ano, todos os prédios rústicos e urbanos da Fazenda Nacional. 1835-08-31 Venda da cerca junta ao colégio por 5:010$000. 1850-11-13 Portaria do Ministério do Reino determinando que a Câmara construísse um Passeio Público no terreno fronteiro ao Convento da Estrela. A obra seria parcialmente paga por conta de um donativo de 4.750.500$00 feito pela Casa de Joaquim Manuel Monteiro, do Rio de Janeiro. 1851-03-09 Representação da Câmara informando que a obra do Passeio Público da Estrela se encontra em risco de parar por falta de verbas. 1851-10-06 É determinada por decreto a centralização de todos os hospitais regimentais de Lisboa. O hospital militar instala-se definitivamente no antigo mosteiro e colégio com o nome de "Hospital Militar Permanente de Lisboa". 1887-02-18 O Ministério da Guerra solicita a cedência provisória da cerca e de várias dependências do antigo Convento do Santíssimo Coração de Jesus para aí se instalarem os doentes do Hospital Militar Permanente, onde iam ser realizadas obras. 1926-09-01 Em harmonia com o despacho da Circular nº 8 do Governo Militar de Lisboa, o hospital passa a designar-se "Hospital Militar Principal", nome que manterá até ao seu encerramento. 2006 O Hospital Militar Principal tinha 8 serviços de internamento e 313 camas. 2012-08-16 Decreto-Lei nº 187/2012, do Ministério da Defesa Nacional, cria o Polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas (HFAR) e extingue o Hospital da Marinha, o Hospital Militar Principal, o Hospital Militar de Belém e o Hospital da Força Aérea, sendo as respectivas atribuições e competências transferidas para o Polo de Lisboa do HFAR. 2013-05-17 Despacho nº 7002/2013, do Ministério da Defesa Nacional, determina a criação do Campus de Saúde Militar, sediado no Lumiar e estabelece um cronograma para o processo de fusão hospitalar. Até 30 de Abril já tinha sido determinando o encerramento da actividade cirúrgica e do respectivo serviço no Hospital Militar Principal; e a transferência do Serviço de Urgência para o Polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas.Fontes e BibliografiaMaterial gráficoHospital Militar Permanente de Lisboa : plantas. [1887]. |
PEREIRA, Luís Gonzaga - Igreja de N. S. da Estrela em Lisboa. Museu de Lisboa [25-07-1835]. |
Planta das coxeiras e cavalharices do Convento de N. Senhora da Estrella dos Religiozos de S. Bento. |
Planta do Largo da Estrella : com as modificações projectadas. [1852 / 1864]. |
Planta do plano alto do Convento de N. Senhora da Estrella dos Religiozos de S. Bento. |
Planta do plano bacho do Convento de N. Senhora da Estrella dos Religiozos de S. Bento. |
Planta geral do Hospital Militar da Estrela [em Lisboa] : corpo principal, cerca. |
CartografiaPlanta topográfica do Largo da Estrela e suas imediações: na qual se mostra o terreno que foi cerca do extinto Colégio da Estrela da Ordem de São Bento. Arquivo Nacional Torre do Tombo. Projecto da grade de ferro e portão para substituir o muro e os portões que feichão a entrada d'alameda do Hospital Militar Permanente de Lisboa. Projecto d'ampliação do Hospital Militar : cortes e fachadas. [1887]. Projecto do novo alinhamento que deve ter a praça do Convento do Coração de Jesus. Arquivo Nacional Torre do Tombo. SEQUEIRA, Gustavo de Matos - Lisboa antes do Terramoto de 1755. Museu de Lisboa [1955-1959]. 17 tabuleiros, 10.260 x 4060mm, esc. 1: 500. Terreno occupado pelo hospital : com a indicação da faxa do passeio da Estrella cedida ao M.º da G.ª pela Camara Municipal de Lisboa. [1887]. CARVALHO, José Monteiro de; - [Livro das plantas das freguesias de Lisboa]. Códices e documentos de proveniência desconhecida, nº 153, Planta da freguezia de Santa Izabel, f. 16 (imagem 0046). [Enquadramento urbano | Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela de Lisboa | Colégio de Nossa Senhora da Estrela, 1834]. [Enquadramento urbano | Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela de Lisboa | Colégio de Nossa Senhora da Estrela, 2015]. FOLQUE, Filipe; - [Carta Topográfica de Lisboa e seus arredores, 1856/1858]. 1:1000. 65 plantas; 92 X 62,5cm, Plantas 34 (Julho 1857) e 41 (Agosto 1856). |
Manuscrito[Consultas da Comissão Eclesiástica da Reforma]. [Manuscrito]1822-1823. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Ministério dos Negócios Eclesiásticos e Justiça, Maço 268, n.º 4, Caixa 214. |
RODRIGUES, Fernando de Matos - Visita do Grupo "Amigos de Lisboa" ao antigo Convento de Brancanes (Batalhão do Serviço de Saúde),. Olisipo - Boletiim do Grupo Amigos de Lisboa. Lisboa: Ramos, Afonso & Moita, Lda.. nºs 150-152, 1987-1988-1989, pp. 43-58. |
[Junta do Exame do Estado actual e Melhoramento temporal das Ordens Regulares]. [Manuscrito]1790-1830. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Ministério dos Negócios Eclesiásticos e Justiça, Maço 270, nº1, Cx. 216, Doc. 11. |